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Um pouco sobre a Síndrome do Pânico

O que é a Síndrome do Pânico? Quais seus sintomas? Como tratar? Como evitar crises? Tudo o que você precisa ou quer saber sobre quem sofre com a Síndrome do Pânico (ou Transtorno de Pânico). Vamos começar pela definição. Neste Blog, quero expor meu ponto de vista baseado em todas as minhas experiências como portadora desse mal e tudo que aprendi com médicos, livros, pesquisas e terapias alternativas.

O que é Síndrome do Pânico e seus sintomas

A Síndrome do Pânico é um distúrbio neural e psicológico caracterizado por crises de extrema ansiedade. Se você buscar na Internet, é fácil encontrar uma definição mais técnica deste distúrbio, mas aqui, quero ser o mais simples, inteligível e humano possível. Quero fornecer informações para quem sofre com a síndrome e para quem quer conhecer mais sobre o assunto. Deixo aqui um link da Organização Mundial sa Saúde com a definição da doença.

A Síndrome do Pânico tem como característica episódios ou crises de pânico que duram cerca de 40 minutos a uma hora e tem alguns sintomas específicos como:

  • taquicardia,
  • aumento da pressão arterial,
  • tontura,
  • náuseas,
  • formigamento das extremidades (mãos, braços, pés)
  • falta de ar
  • inquietude
  • tensão muscular
  • sensação de garganta fechada
  • dores no peito
  • crise de choro
  • sensação de perigo iminente
  • sensação de morte
  • sensação de descontrole do corpo
  • pensamentos negativos e catastróficos
  • despersonalização
  • entre outros

O tratamento da Síndrome do Pânico

Cada ‘panicoso’ tem sua crise característica que pode estar ligada a uma causa física, psicológica ou as duas juntas.  A causa física está na produção deficiente de hormônios que controlam as sinapses (ou ligações) entre os neurônios. Isso é muito comum nas pessoas que sofrem de depressão. A Serotonina é a responsável por equilibrar a função das sinapses e por isso, aos ‘panicosos’ são receitados anti-depressivos entre outras razões.

A origem psicológica está principalmente ligada com traumas e episódios de estresse muito altos e constantes. O famoso stress pós-traumático pode levar uma pessoa a ter crises de pânico toda vez que ela lembra ou passa por algo que lembre a situação traumática que ela vivenciou. Normalmente, o tratamento é realizado utilizando anti-depressivos (como a Sertralina) e ansiolíticos (como o Clonazepam).

Na maioria das vezes,  a Síndrome do Pânico pode ser sanada em até um ano de tratamento com medicamentos e acompanhamento psicológico, mas há casos em que a pessoa convive com o mal para o resto da vida, entre períodos mais calmos e mais severos. Este é meu caso. Já não acredito que exista cura para mim. Eu tenho que aprender a conviver com isso como se fosse uma espécie de diabetes, que não dá para descuidar.

Anti-depressivos e ansiolíticos utilizados para tratar Síndrome do Pânico

Quem sofre e como se diagnostica a Síndrome do Pânico

A Síndrome do Pânico não tem idade nem gênero para aparecer, mas observa-se a ocorrência maior em pessoas entre 25 a 45 anos de idade, mais mulheres do que homens. Eu mesma conheço mais homens com pânico do que mulheres e de diferentes idades. Apesar de se esperar que afete pessoas que vivem em ambiente estressante como grandes cidades, a Síndrome afeta pessoas independente do ambiente. Os casos de Síndrome do Pânico ou Transtorno de Ansiedade tem aumentado tanto nos últimos anos que algumas pessoas acreditam que esse seja um dos males deste século.

E como se diagnostica uma pessoa com pânico? Quando uma pessoa tem uma crise de pânico, geralmente ela não sabe o que está acontecendo e procura um médico ou pronto-socorro. Como as crises são passageiras, ela acaba sendo liberada sem que nenhum grande problema físico seja encontrado. Quando as crises voltam a se repetir, é muito comum que se busque informações de diferentes especialidades médicas e, à medida que vão se descartando as possibilidades físicas, os médicos encaminham a um psiquiatra. Uma pessoa pode estar vivendo em pânico por muito tempo e não ter se tocado disso.

O pior não é uma pessoa que sofre de pânico demorar a ter conhecimento de seu diagnóstico, mas quando as pessoas em volta, que não entendem o sofrimento do panicoso, julgam que ele está de “frescura”. O sofrimento aumenta bastante. É bom ter consciência de que doenças psicológicas não são frescuras. Elas precisam de atenção médica como qualquer outra doença física. Se você tem episódios de taquicardia, elevação de pressão, sensação de medo intenso entre outros sintomas apresentados acima, procure um médico. E se você conhece alguém que sofre com esses sintomas, não julgue, mas procure entender o que essa pessoa está passando. Ela pode estar precisando de sua ajuda.

Texto por: Amarilis Schneider

Crédito da imagem: sophiebenoitstudio.blogspot.com.br

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